quinta-feira, novembro 09, 2006

Sua falta preencheu o mundo

...E todos foderam a minha princesa. Era a verdade nas imagens em preto e branco. Demorei a entender as cores e em como elas poderiam dar sentido. Entendendo-as, descobri como a sua falta poderia ser genial. Não existe um meio termo para isso: ou colorido, ou não.

Estes foram os anos! A via apenas à distância. Achava que era bonito o meu bem querer. Pessoas a queriam mais que aquilo – várias conseguiram. Eu esperava que em suas noites, ela fosse feliz, mesmo sabendo que não era em mim que ela guardava seus pensamentos. Nunca me masturbei pensando nela. Sua vagina era santa pra mim.

Muitos a comeram, eu não. Sempre estive lá. Parado, mesmo sem ela saber meu nome todo. Fui arruinado ainda no colegial. Poderia até ter chances... Estas se foram. A vi do outro lado da rua com um outro rapaz – braços grandes e peito largo. Um tom azul, diferente do verde. Faltou amarelo...

Um dia a encontrei depois de uma peça de teatro. Perguntei como ela estava. Ela me devolveu um sorriso amarelo e sem vida e me perguntou com os olhos: quem é você. Pensei durante alguns segundos. Respondi: Faça-me o favor de ir se foder. Você sabe, o alcoolismo sempre bate à nossa porta...